Onda decorativa

Bem-vindo ao Comunica+


Surdez

Surdez: Desafios e Caminhos para a Inclusão

Nem toda pessoa surda é igual, e a surdez se manifesta de maneiras diferentes. Existe a surdez parcial, em que a pessoa consegue ouvir alguns sons, e a surdez total. Algumas pessoas surdas optam por usar aparelhos auditivos ou implantes cocleares e se comunicam pela fala, outras preferem a Libras, a Língua Brasileira de Sinais. O importante é respeitar as escolhas e as experiências de cada pessoa. Agora, que tal desvendarmos algumas ideias erradas que muitas pessoas ainda têm sobre a surdez?


Mito: "Todo surdo é mudo." Verdade: Essa ideia é completamente falsa e o termo "surdo-mudo" é incorreto e ofensivo. A surdez está ligada à audição, enquanto a mudez (uma condição rara) está ligada à capacidade de falar. A maioria dos surdos tem suas cordas vocais perfeitas. A comunicação pode vir pela voz, pela Libras ou pela escrita. Não falar com a voz não significa não ter o que dizer.


Mito: "É só falar mais alto ou gritar que a pessoa surda vai ouvir." Verdade: Gritar não ajuda e pode até ser desconfortável. Dependendo da perda auditiva, gritar apenas distorce o som. O ideal é falar de frente para a pessoa, de forma clara, com velocidade normal e sem tapar a boca. Uma boa comunicação é muito mais sobre ser claro e visual do que sobre ser alto.


Mito: "Toda pessoa surda sabe ler lábios perfeitamente." Verdade: A leitura labial é uma habilidade que alguns desenvolvem, mas está longe de ser perfeita e nem todo surdo pratica. Muitas palavras têm movimentos parecidos na boca e é fácil se confundir. É apenas uma ferramenta de apoio, não uma garantia de entendimento.


Mito: "Pessoas surdas não podem aproveitar a música." Verdade: Pessoas surdas podem sentir a música de outras formas! É possível sentir as vibrações do som pelo corpo, especialmente as batidas. Além disso, a música envolve ritmo, poesia e dança, elementos que podem ser apreciados visualmente e de forma sensorial. A experiência é diferente, mas igualmente válida.


Agora que desvendamos alguns mitos e falamos sobre a riqueza da nossa cultura, aqui estão algumas dicas práticas que fazem toda a diferença na hora de interagir. São gestos simples que criam pontes e derrubam barreiras. Fale diretamente com a pessoa. Se uma pessoa surda estiver com um intérprete ou acompanhante, lembre-se de dirigir o olhar e a fala a ela, e não ao intermediário. A conversa é com ela!


Pergunte qual a melhor forma de se comunicar. Essa é a dica de ouro. Não tenha receio de perguntar: "Como você prefere se comunicar? Leitura labial? Escrita?". A pessoa irá te guiar da melhor forma. Isso mostra respeito e consideração. Mantenha o contato visual e não cubra a boca. Muitas pistas da comunicação vêm do rosto. Falar de frente, com clareza e em um ritmo natural, ajuda imensamente, mesmo para quem não faz leitura labial.


Use a tecnologia e a escrita a seu favor. Se a comunicação verbal não estiver fluindo, pegue o celular! O bloco de notas é um amigo nessas horas. Um papel e uma caneta também funcionam perfeitamente. O importante é não desistir.


Se não entender, tente de novo de outra forma. A pior coisa que você pode dizer a uma pessoa surda no meio de uma conversa é "ah, deixa pra lá". Isso nos exclui instantaneamente. Se a comunicação falhar, tente reformular a frase, usar gestos ou escrever. A paciência é uma grande aliada.


Um simples gesto já ajuda. Para chamar a atenção de uma pessoa surda, um toque suave no ombro ou um aceno no campo de visão dela é o suficiente.


Um simples gesto já ajuda. Para chamar a atenção de uma pessoa surda, um toque suave no ombro ou um aceno no campo de visão dela é o suficiente.


No fim das contas, a regra principal é a mesma para qualquer ser humano: empatia, paciência e a vontade genuína de se conectar. A comunicação vai muito além do som.


Comunica +

Obrigado(a) pela sua atenção!